O galês Gareth Bale, antiga estrela do Real Madrid, partilhou uma perspetiva visionária sobre o futuro da Major League Soccer (MLS). Segundo o jogador, que teve uma passagem marcante pelo Los Angeles FC, a liga norte-americana poderia tornar-se significativamente mais atrativa para os melhores talentos internacionais se oferecesse salários equiparáveis aos que são praticados no mercado europeu. Bale viveu na pele a experiência da MLS, numa curta mas bem-sucedida passagem que culminou com a conquista da MLS Cup em 2022 pela equipa de Los Angeles, um momento alto na sua carreira.
Na sua análise, Gareth Bale identificou um padrão comum que a MLS ainda não conseguiu quebrar. O jogador reconheceu que, infelizmente, uma grande parte dos atletas internacionais decide mudar-se para os Estados Unidos apenas na fase final das suas respetivas carreiras. O próprio Bale admite ter seguido esse caminho, embora tenha revelado que adorou o tempo que passou na liga e que, na verdade, gostaria de ter feito a transição mais cedo. No entanto, o galês foi pragmático ao explicar a razão principal para este fenómeno, salientando que quando um atleta recebe uma oferta financeiramente muito superior para permanecer na Europa, a decisão de aceitar um salário inferior para emigrar para a MLS torna-se pouco prática.

As declarações de Bale, dadas em entrevista ao portal Front Office Sports, vão além da simples constatação de um problema. Elas refletem um conflito entre o desejo de ajudar a desenvolver o desporto num mercado em crescimento e as realidades financeiras da profissão. O ex-jogador afirmou que todos os atletas adorariam ter a oportunidade de contribuir para o crescimento do futebol nos Estados Unidos, mas que essa não é uma opção viável para a maioria, dado que se trata, no final do dia, de um trabalho. A sua visão sugere que, para a MLS evoluir e atraar jogadores no seu auge competitivo, e não apenas como um destino de final de carreira, a igualdade salarial com a Europa não é um mero capricho, mas sim uma condição fundamental. Esta mudança poderia redefinir por completo o papel da liga no panorama futebolístico global.